Azeite Ribatejo DOP
Azeites de Portugal
Entre os melhores azeites do mundo
No Ribatejo, a atividade agrícola ligada ao fabrico do azeite é bastante antiga. "Já nos séculos XII e XIII Santarém é indicado como um dos
principais centros produtores de Portugal. Mais recentemente, no século passado, a olivicultura regional tornou-se notória pois a ela se
dedicou o grande Escritor e Historiador português (Alexandre Herculano), introduzindo algumas inovações, designadamente na extracção do azeite,
tendo por esta actividade tão grande paixão que o apelidaram de "Azeiteiro" [1].
Os
solos no Ribatejo contêm bastante calcáreo, sendo esta predominância "uma das razões para a grande tradição da cultura" da oliveira no
Ribatejo.
"É que a oliveira, árvore de grande rusticidade e de fácil adaptação a várias famílias de solos, denota, no entanto, particular
preferência pelos calcários" [idem]. Fato este que explicaria o sucesso da olivicultura nas terras do Ribatejo.
O excelente azeite do Ribatejo - Azeite do Ribatejo DOP - é um "azeite virgem extra e azeite virgem produzido a partir das variedades de azeitona Galega
e Lentisca" [2].
Em épocas passadas, no Ribatejo predominava a variedade de oliveira Verdeal, a qual era susceptível a algumas pragas comuns. Pouco a pouco foi substituída
pela variedade Galega vulgar, mais resistentes às referidas pragas. O fato é que a cultura da oliveira é tradicional por estas terras do Ribatejo,
como fica confirmado pelo velho ditado popular:
andou por Ceca e Meca e Olivais de Santarém ou
correr Ceca e Meca e Olivais de Santarém.
Ditado este ao qual faz referência o escritor
Almeida Garret em seu livro engraçado Viagem na minha terra (cap. 9).
Azeite do Ribatejo DOP
Nas terras do Ribatejo - também produtor de bons vinhos - a oliva encontra os terrenos ideais para se desenvolverem. "Os Azeites do Ribatejo DOP são de
baixa a muito baixa acidez, ligeiramente espessos, frutados e com cor amarelo ouro, por vezes ligeiramente esverdeados.
Na região onde os azeites são produzidos, o solo é principalmente calcário, o que juntamente com o clima mediterrânico providencia as condições ideais
de cultivo [1].
Azeite do Ribatejo, tradicional © / Ilustração
Desta forma, "designam-se por Azeites do Ribatejo DOP, as gorduras líquidas obtidas do fruto Olea Europeia L., extraídas por processos exclusivamente
mecânicos, de azeitonas das variedades Galega Vulgar, Lentisca e Cobrançosa, provenientes de olivais localizados na área geográfica de produção adiante
descrita" [idem].
Concelhos produtores
Os municípios (concelhos) produtores são Abrantes, Alcanena, Alcobaça, Alvaiázere, Azambuja, Cartaxo, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere,
Gavião, Golegã, Mação, Ourém, Pombal, Porto de Mós, Santarém, Sardoal, Tomar, Vila de Rei, Vila Nova da Barquinha e Torres Novas.
Azeite na Cozinha
O azeite sempre foi utilizado na alimentação e considerado um produto essencial na cozinha, substituindo a manteiga, como fonte
de gordura na elaboração dos pratos.
Azeite e Gastronomia
Na cozinha e na gastronomia, o uso do azeite sempre foi corrente no Mediterrâneo e seus hábitos alimentares. No Ribatejo comer azeitonas
é algo bastante comum. Sendo muito antiga a tradição de comer azeitonas em pão, como petisco, depois de temperadas essencialmente com sal
e orégano.
Olivais do Ribatejo
As oliveiras que formam os olivais tradicionais no Ribatejo são utilizadas na produção dos famosos e saborosos azeites ribatejanos. São três as
variedades de azeitonas cultivadas no Ribatejo:
Galega, Cobrançosa e Lentisca. Em termos de participação na produção total, o
Ribatejo contribui com cerca de 11% da produção de Portugal (Alentejo, 70%; Trás-os-Montes, 20%
Características dos Azeites do Ribatejo DOP
"Os Azeites do Ribatejo são medianamente frutados, com um frutado verde e maduro, com notas a maça e uma cor amarela ouro, por vezes ligeiramente esverdeada.
Para serem aprovados como Azeites do Ribatejo, os azeites virgem extra ou virgem devem ter a mediana dos defeitos igual a zero. Além disso, os azeites que
apresentarem características organolépticas diferentes das que são típicas das variedades autorizadas serão reprovados" [4].