Vinhos do Ribatejo
Longa tradição vitivinícola
Os vinhos de Ribatejo - ou do
Tejo - cujas vinhas e Denominação de Origem (DO) são protegidas por uma das mais antigas regiões
vitivícolas de Portugal, estão situadas no centro do país, atravessada pelo
Rio Tejo. Nestas vinhas, além da denominação
Ribatejo,
também são produzidos vinhos com
IGP "Tejo" ou Vinho Regional Ribatejano.
Saber mais sobre os
Vinhos do Tejo.
O Ribatejo é a terra de cavalos e das touradas. De belas igrejas góticas, gastronomia e vinhos. A DO Tejo, além dos vales e dos montes
do norte do Ribatejo e das terras arenosas do sul, é produzida principalmente na
charneca interior do Ribatejo, ou seja nas terras situadas na margem esquerda do famoso Rio Tejo.
Ver
Adegas
Vinho Ribatejo DOP, Ribatejo © / VR Ilustração
Do Tejo ao Alentejo
No
distrito de Santarém, estas terras da
charneca interior rumo ao sul, com solos mais pobres do que aquelas da
lezíria, porém bons para as vinhas,
estendem-se até o Alentejo.
DOP Ribatejo / Tejo
A
Denominação de Origem do Ribatejo compreende seis sub-regiões:
- Almeirim: principal produtor de vinhos do Ribatejo / Tejo (52,81% do total)
- Cartaxo: segundo produtor, com 20% do total produzido no distrito de Santarém
- Chamusca
- Coruche
- Santarém
- Tomar
Vinhos do Ribatejo
No Distrito de Santarém foram produzidos 602.570 hl na Campanha 2020-2021, o que equivale a cerca de 10% da produção total (6.372.416 hl)
de vinhos em Portugal, segundo os dados do IVV [2].
Vinhos DOP Ribatejo
No que se refere aos
Vinhos DOP - Denominação de Origem Protegida - o Distrito de Santarém produziu 106.125 hl na Campanha 2020-2021,
ou seja, 17,61% do total dos vinhos produzidos no distrito. O principal concelho (município) produtor é
Almeirim, tanto tintos
quanto brancos, à frente do
Cartaxo, segundo os dados do IVV [2].
Vinhos IGP Ribatejo
No que se refere aos
Vinhos IGP - Indicação Geográfica Protegida - o Distrito de Santarém produziu 397.638 hl na Campanha 2020-2021,
ou seja, 66% do total dos vinhos produzidos no distrito, segundo os dados do IVV [2]. Ou seja, 2/3 dos vinhos produzidos no Distrito de Santarém
são vinhos
Regional Ribatejano. Para o vinho
Regional Ribatejano, o principal produtor de
vinhos brancos é Almeirim (quase três
vezes mais do que Cartaxo). Para
os tintos, o Cartaxo produz quase três vêzes mais do que Almeirim, segundo o IVV.
Quanto às castas, são utilizadas as castas tradicionais na produção dos vinhos do Ribatejo, a saber, Trincadeira, Touriga (tintos) e
Fernão Pires e Arinto (brancos).
Principais castas
Para a produção dos vinhos da
DOC Ribatejo são utilizadas as seguintes castas: Siria e Malvasia Fina (brancos),
Aragonez e Trincadeira (tintos), entre outras.
Os vinhos brancos da
DOC Ribatejo (DOP) não são nem muito encorpados nem possuem alto teor alcólico,
sendo por isso o frescor da sua acidez uma de suas características.
Vinhas em Almeirim, (Santarém) Ribatejo © Google Earth
Adegas e Quintas em Destaque
Adega Cooperativa de Almeirim
Esta adega, um dos maiores produtores de vinhos de Portugal, "fundada em 1958 tem, hoje, cento e noventa e cinco associados, detentores
de mil e duzentos hectares de vinha localizados em dois tipos de solos distintos. Na Lezíria, junto ao rio Tejo, predominam as castas brancas, em
particular a Fernão Pires. Já na Charneca, com solos pobres e arenosos, são favorecidas as castas tintas. O grande investimento na reestruturação e
modernização da adega nos últimos anos contribuiu para a melhoria da produção, armazenamento e engarrafamento do vinho. Actualmente, produzem-se
cerca de vinte milhões de litros, elevando a Adega Cooperativa de Almeirim para o patamar de um dos maiores produtores do país" [3].
Adega Cooperativa do Cartaxo
Outra adega de grande importância. Em funcionamento "desde 1954, a Adega do Cartaxo nasceu pelas mãos de um grupo de vinte e dois associados.
Hoje já são mais de duzentos a fornecer as melhores uvas da sua produção, provenientes de oitocentos hectares de vinha espalhados pelos concelhos
do Cartaxo e da Azambuja e ainda algumas freguesias de Rio Maior e Santarém. Desde 1974, altura em que se mudou para novas instalações, a adega
tem investido na melhoria dos seus recursos humanos e tecnológicos produzindo, anualmente, sete milhões de litros. Os tintos representam cerca de
setenta e cinco por cento da produção, parte integrante de uma vasta gama de vinhos. Na lista das principais castas tintas constam a Touriga Nacional,
a Trincadeira, a Syrah, a Castelão, a Alicante Bouschet e a Tinta Roriz; e, nas brancas, a Fernão Pires e a Arinto" [Idem].
Quinta da Alona
É uma quinta com muita história, vista que está em funcionamento desde o século 18, no concelho (município) de Almeirim.
Ver também
Vinhedos de Portugal.