Cozinha de Azambuja
Boa Mesa Ribatejana
Como a Gastronomia Ribatejana,
Azambuja oferece uma grande variedade de especialidades oriundas da tradicional Cozinha do Ribatejo.
Os peixes, dentre os quais os peixes do Tejo - sável, fataça, encabeçando a lista - são bastante populares. Mas, nestas terras de transição entre a
grande Área Metropolitana de Lisboa e a vida rural da
Lezíria do Tejo, o coelho doméstico, o porco, o borrego e o cabrito também
são muito apreciados.
Petiscar
Em Azambuja destaca-se uma das especialidades mais tradicionais da região, o
torricado. "O Torricado é uma refeição típica da zona dos valados
do Tejo, à volta de Azambuja, Samora Correia ou Salvaterra de Magos, no Ribatejo, consumida até meados do século passado por gente de fracos recursos
económicos que tinha que se alimentar com o pouco que tinha à mão". É feito com bacalhau, sardinhas, entremeado ou febras, alho, azeite e pão caseiro
duro.
Nos dias de hoje, foi "Redescoberto pelos apreciadores de petiscos, o Torricado, já afastada a conotação de comida de pobre, actualmente, é considerado
uma das especialidades gastronómicas desta zona ribatejana, tendo-se tornado o potagonista de uma iniciativa anual no início de Novembro, na vila de
Azambuja, que pretende promover e divulgar a cozinha tradicional da região" [idem].
Gastronomia Ribatejana em Azambuja, distrito de Lisboa © / Ilustração
Algumas Especialidades
Dentre as especialidades mais tradicionais e típicas destas terras, destacam-se: "Queijo de Maçussa, escarapiada, bolo de chouriço, laroias, sopas de batata,
de chícharos, de cardos, de ineixas com feijão e de grão com carne de porco, arroz de lampreia, açordão com bacalhau assado, lapardana, manja com sardinha assada,
enguias fritas ou de ensopado, caldeirada de peixe do rio, sável com migas ou açorda, carne de toiro com repolho, coelho guisado com feijão, borrego no forno,
arroz de cachola, torricado com febras. Nos doces, queijadinhas de Azambuja, bolo de noiva, fatias paridas e arroz-doce de Azambuja" [3].
Prato típico de Peixe
- Igreja do Mosteiro de Nossa Senhora das Virtudes da Ordem de São Francisco
- Palácio dos Condes de Aveiras ou Solar dos Condes de Povolide
- Igreja Matriz da Azambuja ou Igreja de Nossa Senhora da Assunção
- Pelourinho da Azambuja
- Pelourinho de Manique do Intendente
- Palácio de Manique do Intendente
- Castro de Vila Nova de São Pedro
AVINHO
Festa anual dos produtores de vinho de Azambuja, realizada na freguesia de Aveiras de Cima.
Aveiras de Cima
Durante o mês de abril, realiza-se a AVINHO, grande festa popular do concelho, quando os produtores de vinho da freguesia de
Aveiras de Cima realizam esta grande festa para comemorar a colheita e a produção dos vinhos locais.
Festa do Vinho, Azambuja, distrito de Lisboa © GEP
Prato típico de Carne
Feira típica do Ribateja, a centenária Feira de Maio, a mais castiça das Festas Ribatejanas, acontece em Azambuja, todos os
anos, desde 1819. "Nas ruas da vila, as cinco largadas de toiros (uma em cada dia) continuam a constituir a grande atração da
festa, fazendo as delícias dos mais aficionados". Corrida de Touros à portuguesa, vinho e sardinhas assadas para os participantes
garantem o sucesso dessa típica festa ribatejana.
Doce típico: Queijadinhas de Azambuja
Um pouco da história destas famosas
queijadinhas de Azambuja: "Na foz da Vala Real, próximo de Azambuja, encontram-se as ruínas de um
edifício imponente, conhecido pelo nome de Palácio das Obras Novas, construído em estilo neoclássico, no tempo da Rainha D. Maria I. A sua localização
privilegiada na zona da Lezíria, de onde se avistam grandes extensões de terra de cultivo e pasto de touros de lide, assim como a natureza
envolvente, com uma vegetação densa e exuberante, atraía, nos finais do século XIX, destacadas figuras da nobreza que ali vinham descansar. Diz a
tradição que o próprio Rei D. Carlos, acompanhado pela família real, costumava passar temporadas no Palácio das Obras Novas para se dedicar à
caça na companhia do Infante D. Luís Filipe. Em atenção à Rainha D. Amélia, vinham, talvez do Mosteiro de Almoster, umas deliciosas queijadinhas
que ela muito apreciava. Mas quando a brucelose atingiu os rebanhos de cabras e de ovelhas, o queijo para fazer os bolos começou a rarear.
Foi então que se inventou uma outra receita para fazer uns bolinhos que, sem o queijo mas com o mesmo aspecto, continuassem a ser dignos de aparecer
à mesa real. Por isso, lhes chamaram, na altura, “queijadinhas mentirosas” [ibidem].
Um dos doces mais apreciados de Azambuja, para a alegria dos apreciadores de doces, "O fundador da Pastelaria Favorita, no centro da vila, recuperou,
há mais de trinta anos, essa receita esquecida, que veio a dar fama ao estabelecimento. O actual proprietário, Fernando Serra, faz questão de manter
a qualidade desses bolinhos, que continuam a ser motivo de atracção tanto dos naturais como dos visitantes de Azambuja" [ib.].