Vinhos de Carcavelos
Cascais

Distrito de Lisboa

Área Metropolitana de Lisboa

Vinho generoso de tradição desde o Marquês de Pombal

"De renome internacional e de tradição secular, a antiguidade deste precioso néctar encontra-se comprovada num Alvará de 1772, depositado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, que protegia a viticultura de Carcavelos, e a sua qualidade é reconhecida e confirmada" [CM de Cascais].


Vinhos de Carcavelos, Cascais © / CM de Oeiras, ilustração
Vinhos de Carcavelos, Cascais © / CM de Oeiras, ilustração



Quintas históricas dos Vinhos de Carcavelos

"Na freguesia de Carcavelos, situam-se ainda outras quintas de relevo: a Quinta do Barão, classificada como imóvel de interesse público e ligada à produção do Vinho de Carcavelos até à década de oitenta do século XX, possui um solar com uma capela ornada por magníficos exemplares de azulejaria rococó. No jardim encontram-se diversos exemplares azulejares representando motivos de flora e fauna, as adegas e lagares, símbolos da sua produção vinícola.

A Quinta da Alagoa, com um edifício de fundação, pelo menos seiscentista, remodelado e ampliado no século XIX, ostenta ainda uma antiga adega, uma nora, uma mina de água e uma lagoa, que evoca o gosto do século XIX tardio.

A Quinta Nova ou de Santo António, imóvel em vias de classificação, teve a sua produção de vinho durante séculos, estando documentada desde meados do século XV. A partir de meados do século XIX, devido a uma sucessão de pragas infestantes, registou-se uma quebra acentuada na produção. A partir de 1870, o palácio e uma parte da quinta acolheram a instalação da estação do Cabo Submarino, que estabelecia a ligação entre Inglaterra e Bombaím, na Índia, e, posteriormente, com os Açores, Cabo Verde e Brasil. A fixação de uma colónia de súbditos ingleses no local deu origem à designação de Quinta dos Ingleses. Desta ocupação restam ainda vários edifícios como o hospital ou o denominado Queen's building. O solar da Quinta é atualmente ocupado pelo St. Julian´s School. Nesta freguesia são também de referir a Quinta de São Miguel das Encostas, em Sassoeiros, e a Quinta de Santa Maria do Mar, no Arneiro, ambas ligadas à cultura vinícola.

Na freguesia de Cascais, destaca-se a Quinta da Charneca, de fundação setecentista, hoje bastante alterada, mas que conserva ainda uma extensa área envolvente.

Em Alcabideche concentra-se o maior número de quintas, algumas delas em ruínas, como é o caso das Quintas de Vale Cavalos, do Marquês de Angeja, de Santa Rita (nas Almoínhas Velhas), de Nossa Senhora da Lapa (Alcoitão) e do Casal de Assamassa. Nesta freguesia, assumem maior relevância o Casal de Porto Covo, no Pisão de Cima, a Quinta do Pisão de Baixo e a Quinta de Manique, ou do Marquês das Minas, em Manique de Baixo. O Casal de Porto Covo constitui um imóvel em vias de classificação, cuja propriedade agrícola com raiz medieval se manteve ocupada até ao final do século XIX. As primeiras referências, datadas do século que XIV, referem a existência do casal e da azenha como edifícios pertencentes ao Convento dos Frades Jerónimos, sito na Penha Longa. Hoje existem ainda um forno de cal, ruínas de uma azenha, larga extensão de aquedutos, e uma capela datada de 1766. A Quinta do Pisão de Baixo, que integra o Casal da Cartaxa, possui ao longo da Ribeira das Vinhas, azenhas – das quais se destaca uma com cantaria manuelina – aquedutos para o transporte de água para as mesmas e pontes. Esta quinta, reorganizada em meados de Novecentos, adquiriu uma notável coleção de azulejaria dos séculos XVII a XIX, que entretanto desapareceu do local. A Quinta de Manique, imóvel em vias de classificação, foi provavelmente fundada no século XVII e remodelada em finais do século XVIII, possuindo uma importante coleção azulejar dos séculos XVII e XVIII, bem como um bonito jardim neoclássico.

Na freguesia do Estoril, distinguem-se a Quinta Patiño, em Alcoitão, com edifício construído neste século, mas com recheio azulejar dos séculos XVII e XVIII e uma capela, que tendo sido remontada no local, data do século XVIII; a Quinta da Ribeira, em Caparide, que possui um solar do século XVIII com capela, lagar e outras estruturas de apoio à produção agrícola, em bom estado de conservação; e a Quinta dos Chaínhos, da qual se destaca a existência de um aqueduto.

Em São Domingos de Rana são de realçar a Quinta da Torre da Aguilha, a Quinta de Rana e a “Quinta da Estrangeira”. A Quinta da Torre da Aguilha, imóvel cuja classificação se encontra em fase de instrução, possuia um solar de provável fundação setecentista, que se encontra hoje parcialmente em ruínas devido a um incêndio ocorrido na década de setenta do século XX. A Quinta de Rana foi uma das quintas de produção do vinho de Carcavelos que esteve em laboração até à década de quarenta do século XX. Da antiga herdade resta a casa setecentista, as dependências anexas e vestígios do jardim, nomeadamente as alamedas definidas pelos arvoredos, a nora, o tanque de rega e o aqueduto" [CM de Cascais].


Tradição e Fama internacional

"A produção deste vinho foi durante séculos a actividade económica mais importante na Freguesia de Carcavelos, cuja fama perde-se no tempo. O Marquês de Pombal, que o produzia na sua quinta de Oeiras apreciava-o de tal maneira que D. José I presenteou com ele a corte de Pequim em 1752" [CM de Cascais].


Terroir do Carcavelos DOC

Os vinhos Carcavelos DOC, tintos e brancos, são produzidos na região de Lisboa nos concelhos de:

Cascais:

Freguesias de Carcavelos, Parede, São Domingos de Rana e parte das freguesias de Alcabideche - lugares de Carrascal de Manique de Baixo e Bicesse, e do Estoril - lugares de Livramento e Alapraia

Oeiras:

Parte da freguesia de Oeiras e São Julião da Barra - lugares de Ribeira da Laje, Cacilhas e Porto Salvo, parte da freguesia de Paço de Arcos - a faixa confinante com a freguesia de Oeiras e São Julião da Barra até à Ribeira de Porto Salvo.


Gama prestigiosa dos Vinhos de Carcavelos DOC, Cascais © / Confraria dos Enófilos dos Vinhos de Carcavelos, ilustração
Gama prestigiosa dos Vinhos de Carcavelos DOC, Cascais © / Confraria dos Enófilos dos Vinhos de Carcavelos, ilustração



Castas principais

As principais castas autorizadas que entram na elaboração dos vinhos Carcavelos DOC são:

• castas tintas: Castelão (Periquita) e Preto Martinho, num mínimo de 75% [IVV]

• castas brancas: Galego Dourado, Ratinho e Arinto (Pedernã), num mínimo de 75% [IVV].


Sobre o Vinho Carcavelos DOC

Produzido no mesmo terroir desde sempre, o Carcavelos DOC soube preservar sua essência e continua sendo produzido com as mesmas técnicas e métodos desde os tempos do Marquês de Pombal.

Tomado tanto como aperitivo quanto como digestivo, o Carcavelos DOC também acompanha um "docinho”, ou "pode ainda ser incluído em algumas receitas, das sobremesas às carnes, demonstrando assim a sua versatilidade e sabor único" [CM de Cascais].

"Vinho licoroso, delicado, de cor topázio, aveludado, com um certo aroma amendoado, adquirindo um perfume acentuado e característico com o envelhecimento" [IVV].


Fortificado com Lourinhã

O Carcavelos DOC é fortificado com a famosa aguardente produzida no concelho (município) de Lourinhã, na região de Lisboa.

"É fortificado em grande parte com a famosa aguardente da Lourinhã.

Evidencia altíssimos padrões de qualidade, e integra com o “Porto”, o “Madeira” e o “Moscatel de Setúbal”, o restrito grupo dos vinhos generosos portugueses, sendo considerado por inúmeros enólogos como um dos melhores aperitivos portugueses e um óptimo digestivo" [CM de Cascais].


Rota dos Vinhos de Carcavelos

Para amantes de vinhos e enólogos, a Rota dos Vinhos de Bucelas, Carcavelos e Colares oferece a oportunidade de descobrir além do terroir de Carcavelos, as áreas de produção dos vinhos de Bucelas e de Colares, da região de Lisboa.

"Esta Rota consegue apresentar, em três reduzidas áreas demarcadas (Bucelas, Carcavelos e Colares), uma variedade de vinhos que vão dos tintos de Colares envelhecidos em madeira, aos brancos frutados ou aos espumantes de Bucelas e ao ambivalente vinho generoso de Carcavelos que tanto pode ser bebido como aperitivo ou como digestivo" [Rota dos Vinhos de BCC].

Saber mais: Rota dos Vinhos de Carcavelos


Quintas produtoras

São quintas históricas que mantiveram a produção do Vinho Carcavelos DOC.

As Quintas da Ribeira de Caparide, dos Pesos e da Samarra, em Cascais, e a Quinta de Cima, a antiga Quinta do Marquês de Pombal, em Oeiras.

Saber mais: Quintas dos Vinhos de Carcavelos


De Cascais (AML) para Lisboa, Estremadura © Google
De Cascais (AML) para Lisboa, Estremadura © Google



Onde provar o Vinho de Carcavelos

Com uma costa de 30 km de praias, belezas naturais e excelente estrutura de apoio aos visitantes, Cascais é o destino certo para férias de sucesso. A bela Praia do Guincho (imagem abaixo) é considerada uma das 7 Maravilhas de Portugal.


Escapadas em Cascais

Além dos lisboetas e dos habitantes dos municípios vizinhos, muitos escolhem a cidade de Cascais para escapadas por dois ou três dias. São muitas as atrações, além das belas e concorridas Praias de Cascais, a começar pela conhecida e popular Praia do Guincho.


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